sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Banco Central retira R$ 61 bi da economia com alta do compulsório

Autoridade monetária eleva compulsório de depósitos à vista de 8% para 12% e aumenta exigências para empréstimo a pessoa física


           O Banco Central reduzirá o volume de dinheiro disponível para empréstimos no mercado e também exigirá mais garantias das instituições financeiras ao fazer empréstimos. Apenas com aumento de compulsórios, o BC vai enxugar R$ 61 bilhões da economia. Compulsório é a parcela dos recursos que os bancos têm em depósitos que não pode ser concedida por meio de empréstimos.
           O presidente do BC, Henrique Meirelles, anunciou há pouco também que serão exigidas mais garantias das instituições financeiras que fazem empréstimos às pessoas físicas por prazos acima de 24 meses. Esses bancos terão de apresentar 50% mais garantias do que anteriormente.
            Meirelles reconhece que as medidas terão impacto tanto nos preços quanto na oferta de crédito a pessoas físicas nesses mercados, como financiamento de veículos. “As medidas visam dar sustentabilidade ao crescimento do crédito, isto é, evitar desequilíbrios para a economia, os consumidores e tomadores de crédito.”
             Para ele, dessa forma, evita-se a formação de “bolhas” no mercado de crédito no longo prazo.
            No campo macroeconômico, a medida também visa a impedir um crescimento maior da taxa de inflação, que se acelerou nos últimos meses. Segundo Meirelles, há equivalência entre essas medidas, chamadas de “macroprudenciais”, podem ser alternativas a medidas regulares de política monetária, como o aumento da taxa básica de juros, para combater o aumento da inflação.
Acompanhe a transmissão ao vivo da entrevista coletiva no site do BC.

Danilo Fariello, iG Brasília | 03/12/2010

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