segunda-feira, 8 de agosto de 2011

NOTÍCIAS DA CNC

Ano 3 - Nº 864 - Noticiário de 3 de agosto de 2011

Depois de três meses consecutivos de queda, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da CNC, voltou a crescer. Segundo o economista-chefe da entidade, Carlos Thadeu de Freitas, o avanço de 2,8% em julho resultou da melhor percepção dos empresários em relação às condições da economia. Ainda assim, a alta não foi suficiente para que o indicador voltasse ao patamar de abril, o que confirma a trajetória de acomodação do ritmo de expansão da atividade do setor. O descompasso entre comércio e a indústria - esta bem mais pessimista, diante da queda acentuada da produção - tem raiz na taxa de câmbio desvalorizada, disse João Felipe Santoro Araújo, economista da Confederação. “Os bens importados acabam substituindo os que são produzidos aqui. Por isso, o comércio, que trata da venda, está mais otimista”, afirmou. Mas o otimismo é projetado só a curto prazo. “Ainda estamos com um mercado de trabalho aquecido, com taxas historicamente muito baixas de desemprego. Os trabalhadores estão conseguindo manter a renda e a taxa de inadimplência está sob controle”, ponderou. A alta do Icec foi puxada pela melhor percepção dos empresários em relação às condições atuais da economia (5,3%) e do setor comercial varejista (5,7%). Correio Braziliense, Jornal do Commercio, Jornal do Comércio (RS), Diário do Grande ABC (SP) e Diário da Manhã (GO) noticiam. Ontem, o assunto já pautava o site da Agência Estado, entre outros.

Governo anuncia renúncia fiscal de R$ 24 bi para ajudar indústria

Com o slogan “Inovar para Competir. Competir para Crescer”, a presidente Dilma Rousseff lançou o Plano Brasil Maior. O plano prevê renúncia fiscal estimada em R$ 24,5 bilhões até o fim de 2012, o governo lançou ontem 35 medidas para estimular investimentos e diminuir os efeitos negativos do real valorizado sobre a indústria. A medida mais elogiada pelos empresários foi a restituição em espécie, aos produtores de bens manufaturados, do equivalente a 3% de suas exportações como forma de compensar o pagamento de tributos ao longo da cadeia. O mecanismo, batizado de Reintegra, tem aplicação imediata e os pagamentos devem começar em 90 dias. Com base nas atuais vendas ao exterior, devolverá cerca de R$ 4 bilhões por ano aos exportadores. O plano prevê que a alíquota patronal ao INSS dos setores de confecções, calçados, móveis e software será reduzida de 20% para 0% até dezembro de 2012. Para compensar essa desoneração, o governo baixará uma medida provisória criando uma contribuição previdenciária sobre o faturamento para esses setores, nos moldes daquela que é paga atualmente pela agropecuária. A presidente Dilma decidiu garantir o corte de impostos sobre as folhas de salários em empresas que empregam muita mão de obra, como as dos setores de têxteis, calçados e móveis. Ela também anunciará hoje decreto para privilegiar fabricantes nacionais em compras de governo nos setores de Informática e Telecomunicações, Defesa e Saúde. Valor Econômico, O Globo, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo noticiam.

Brasil maior deveria ser direcionado a todas as atividades econômicas

O Brasil Maior foi bem recebido pela indústria e gerou cobiça no comércio, segundo o Monitor Mercantil. “Deveria ser permanente e direcionado a todas as atividades econômicas”, disse o presidente da Fecomercio, Abram Szajman. Segundo ele, o plano é uma estratégia para “corrigir pontualmente os efeitos, pela incapacidade de se atacar diretamente as raízes do problema”. Szajman cita o desequilíbrio cambial e as elevadas taxas de juros: “Enquanto os juros cobrados no Brasil se mantiverem no topo do mundo, a taxa de câmbio vai continuar distorcendo nossa real capacidade competitiva”. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o mercado brasileiro deve ser usufruído pela indústria brasileira e não pelos aventureiros que vêm de fora: “É um conjunto de medidas para fortalecer a indústria brasileira e dar a ela condições de competir em um ambiente adverso em que estamos vivendo hoje”. Sobre o Brasil Maior, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, assina artigo no Valor Econômico.

Indústria recua em junho, aponta IBGE

A produção da indústria brasileira recuou 1,6% em junho, na comparação com maio, segundo a Pesquisa Industrial Mensal, do IBGE. O tombo, publica O Estado de S.Paulo, foi ainda maior do que o previsto pelo mercado, o que aumentou a expectativa pela manutenção da taxa básica de juros, a Selic, e reforçou a previsão de um PIB menor no segundo trimestre. “O dado da produção foi muito fraco e deve sacramentar a manutenção da Selic em 12,50% no próximo encontro do Comitê de Política Monetária do Banco Central, diante da conjuntura de indicadores domésticos e externos”, comentou Paulo Petrassi, da Leme Investimentos. A redução da demanda interna e a entrada de produtos importados explicam o resultado pífio da indústria. Segundo André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, houve o impacto das medidas do governo para conter o consumo e desaquecer a economia. Todas as categorias de uso da indústria registraram perdas em junho. O recuo na produção alcançou 20 dos 27 ramos pesquisados. Macedo apontou o setor de refino de petróleo e álcool como a principal perda em junho (-8,9%).

Importado ganha espaço no consumo interno

No segundo trimestre do ano, a participação das importações no consumo interno de bens industriais atingiu 21,6%, bem acima dos 19,1% do mesmo período de 2010. Em 2007, esse índice era de 15,2% e em 2002, 12,4%. O aumento reflete o crescimento das compras externas a um ritmo bem superior ao da produção local, num cenário de câmbio cada vez mais valorizado e expansão de demanda interna. A fatia dos importados avançou tanto em setores beneficiados ontem pela nova política industrial do governo, como têxteis, calçados e móveis, quanto em outras áreas importantes da indústria, como produtos químicos, veículos automotores e máquinas, aparelhos e materiais elétricos. Matéria do Valor Econômico.

Mercado negocia com o governo mudanças no pacote cambial

A Febraban, que reúne os bancos, BM&F Bovespa, Cetip e Anbima estão debruçadas sobre uma contraproposta ao pacote cambial lançado para conter a especulação com o real no mercado de derivativos. As entidades pretendem apresentar alternativas para que o governo possa coibir sobretudo as operações de “carry trade” - tomar crédito a taxas de juros baixas em um país e aplicá-lo em outro onde os juros são maiores. Em encontro na semana passada, noticia o Valor Econômico, uma das sugestões apresentadas pelas entidades ao governo foi que se deixasse de lado a tributação das posições vendidas e se mirasse o aumento das margens de garantia depositadas. Os encontros entre representantes do mercado e integrantes do governo tem sido frequentes. Na segunda-feira o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, manteve conversas em São Paulo sobre o tema.

EUA e pessimismo global fazem mercados desabar

As Bolsas de todo o mundo caíram ontem, indicando o pessimismo do mercado em relação ao pacote fiscal sancionado pelo presidente Barack Obama para evitar o calote da dívida americana. A incerteza sobre o futuro da maior economia do planeta e a crise na Europa fizeram investidores buscar o ouro, publica a Folha de S.Paulo. O preço do metal subiu e atingiu US$ 1,641 a onça (28,35 gramas).

Ex-ministro ataca “faxina” de Dilma e lança suspeitas

Quem publica é O Estado de S. Paulo: no primeiro discurso no Senado 27 dias depois de deixar o Ministério dos Transportes sob denúncias de irregularidades, o senador Alfredo Nascimento criticou a faxina promovida pelo governo na pasta comandada por seu partido, dizendo que o PR “não é lixo" e que “carrega as qualidades e alguns dos defeitos de todos os outros partidos". Ele lamentou a falta de apoio da presidente Dilma Rousseff e fez insinuações sobre o uso da máquina para elegê-la. O PR avisou que não mais votará fechado com o governo no Senado.

Força e CUT se unem para criticar governo

O Brasil Econômico publique que uma “trapalhada” do departamento de comunicação do Ministério do Desenvolvimento esvaziou o evento de anúncio da nova política industrial brasileira, ontem. De acordo com o jornal, a ideia original da presidente Dilma Rousseff era fazer mistério até a hora do evento, que aconteceu ontem, em Brasília. Mas os dados foram publicados antes no portal do ministério. Resultado: a imprensa acabou antecipando os pontos principais, o que irritou as centrais sindicais. As entidades reclamaram que não foram consultadas e decidiram boicotar a cerimônia oficial. O episódio acabou por unificar os discursos da CUT e Força Sindical, que estão rachadas. Segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força, a crítica ao plano será incluída nos discursos da manifestação que cinco centrais (menos a CUT) realizam hoje em São Paulo e que terá como mote a defesa da pauta trabalhista no Congresso Nacional.

Prefeito de Teresópolis é afastado

Por unanimidade, a Câmara de Teresópolis afastou o prefeito Jorge Mário (ex-PT), acusado de desviar recursos destinados à recuperação da cidade após a tragédia de janeiro. O Globo noticia.

Dia dos Pais: lojistas esperam ritmo um pouco mais lento

A expectativa de crescimento para o Dia dos Pais é de 8% nas vendas no varejo de shoppings de todo o Brasil, em relação a igual período do ano passado. A expansão, porém, é menor do que a registrada em 2010, quando o avanço foi de 10,5% ante o ano anterior, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). A boa notícia fica por conta do aumento do tíquete médio. O tíquete médio para este Dia dos Pais, considerada a quinta melhor data para o comércio varejista, será de R$ 90, superando a média de R$ 80 verificada no ano passado. Jornal do Commercio noticia.

Estudo da Braskem aponta uso sustentável de sacolas plásticas

Estudo inédito da Fundação Espaço Econ, baseado na análise de ciclo de vida comparativo, mostrou que as sacolas plásticas utilizadas para transportar as compras não são necessariamente as opções que mais impactam o meio ambiente. Nos casos em que os consumidores têm maior volume de compras, vão mais vezes ao supermercado e descartam resíduos várias vezes por semana, o impacto é menor que as sacolas de papel ou tecido. No entanto, as sacolas retornáveis apresentam melhor ecoeficiência quando os consumidores têm menor volume de compras, menor freqüência de ida aos supermercados e descartam os resíduos com menos freqüência. Neste último caso, considera-se que esses consumidores compram menos sacos para condicionar o lixo e reutilizam as sacolas várias vezes. O estudo teve o apoio do Instituto Akatu e patrocínio da Braskem, produtora de resinas termoplásticas, entre eles, o chamado plástico verde. Brasil Econômico noticia.

Cobertura de planos de saúde terá mais 58 itens

Os planos de saúde serão obrigados a cobrir, a partir de janeiro de 2012, 58 novos procedimentos e a ampliar a cobertura de outros 11. A Folha de S. Paulo informa que a decisão da ANS inclui 41 cirurgias por vídeo, como redução de estômago e retirada da próstata, e vale para contratos a partir de 1999.

Drogasil e Raia confirmam fusão

A Drogasil o a Droga Raia confirmaram a fusão de suas operações, em uma transação que cria a maior rede de drogarias do Brasil. Afolha de S.Paulo noticia que, segundo comunicado ao mercado, o acordo prevê a integração das operações em uma única companhia, que terá 50% de seu capital na BM&F Bovespa. A empresa levará o nome de Raia Drogasil, mas vai operai no varejo com marcas independentes.

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