segunda-feira, 8 de agosto de 2011

NOTÍCIAS DA CNC

 Ano 3 - Nº 865 - Noticiário de 4 de agosto de 2011

As montadoras instaladas no país serão beneficiadas pela redução de IPI até 31 de julho de 2016. Só terão direito ao incentivo fiscal as fábricas que ampliarem investimentos, aumentarem o conteúdo nacional de seus produtos e apresentarem inovação tecnológica. Segundo a Receita Federal, o objetivo da medida é dar mais competitividade à indústria nacional. O governo não vai exigir como contrapartida que os preços ao consumidor sejam reduzidos. Para compensar a queda da arrecadação, o governo decidiu aumentar os tributos sobre os cigarros. O pacote anunciado em benefício dos setores têxtil, de calçados, de móveis e de software prevê desoneração de R$ 25 bilhões em dez anos. O desembolso do BNDES será elevado para R$ 147 bilhões.

Governo já muda o Reintegra
O novo mecanismo que prevê aos exportadores de bens manufaturados a devolução em espécie de até 3% dos valores embarcados, batizado de Reintegra, já mudou de cara um dia após sua divulgação oficial, informa o Valor Econômico. A restituição não será mais linear, como anunciado na véspera, mas, segundo a medida provisória, estabelecida "por setor econômico" e "por tipo de atividade exercida", ampliando o poder discricionário do Executivo na definição de estímulos à indústria. Os setores de confecções, calçados e móveis, beneficiados com desoneração da folha salarial, ganharam uma vantagem competitiva em relação aos concorrentes importados. A MP 540, parte do Plano Brasil Maior, eleva de 7,6% para 9,1% a Cofins incidente sobre importações desses segmentos.

Medidas podem ser alvo na OMC
As medidas do pacote anunciado na terça-feira pelo governo para estimular a indústria nacional seguem uma tendência mundial e não devem deixar espaço para grandes questionamentos na Organização Mundial do Comércio (OMC). Esta é avaliação da maior parte dos especialistas ouvidos pelo GLOBO. Eles, porém, admitem que, em meio ao clima de protecionismo pós-crise global de 2008, há brechas para que detalhes dos benefícios sejam usados por outros países como desculpa contra o Brasil. A principal delas pode ser o prazo de validade, até 2012, do Reintegra, informa O Globo.

Calote dos consumidores deve subir este ano, mas vendas crescem
O aumento do poder de compra da população pode ter um efeito colateral indesejado. A Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) estima que a taxa de calote nos pagamentos a prazo deve subir em 2011, depois de dois anos consecutivos de queda. Pelos cálculos dos técnicos da entidade, a taxa de inadimplência este ano deve crescer 7,5%. No ano passado, o volume de calotes no varejo caiu 1,85%. Em 2009, o recuo foi ainda mais acentuado: 14,9% em relação ao ano anterior. Mas o aumento do endividamento não está impedindo o crescimento das vendas do varejo, que chegou a 6,61% em julho ante igual mês de 2010, embora tenham caído 1,13% na comparação com junho. As informações são do Estado de S. Paulo e do Correio Braziliense. O Jornal do Commercio apresenta dados do BC, segundo os quais cresceu o número de consumidores com dívidas acima de R$ 5 mil.

Bancos blindam carteiras contra inadimplências
Os bancos negam a existência de bolhas de crédito no Brasil, mas cada um a sua maneira tem protegido suas carteiras da inadimplência dos consumidores. Itaú Unibanco, Bradesco e Santander, os maiores bancos privados do País, estão buscando refúgio em operações com garantia: financiamentos à habitação, empréstimos com desconto em folha de pagamento e mais exigências às empresas. "É fato que estamos buscando reduzir o risco das concessões. Os créditos imobiliário e consignado ajudam a ter menos volatilidade na carteira", afirmou Alfredo Egydio Setubal, diretor de relações com investidores do Itaú, em reportagem do Valor Econômico.

Impasse nos EUA custou US$ 2,6 trilhões às bolsas
A apreensão dos investidores diante de um iminente calote dos Estados Unidos e seus possíveis reflexos na economia mundial custou às bolsas mundiais uma perda de US$ 2,6 trilhões em valor de mercado em apenas uma semana, entre 27 de julho e o último 2 de agosto. A quantia supera os US$ 2,1 trilhões de aumento no limite de endividamento conseguido, a duras penas, pelo presidente Barack Obama, junto ao Congresso. Mesmo assim, para obter o aval dos parlamentares, Obama terá que promover cortes em programas sociais que podem agravar ainda mais a combalida economia americana. De olho em indicadores ruins de desempenho da indústria, do setor de serviços e de emprego nos EUA, os mercados voltaram a desabar: o Ibovespa, a segunda que mais caiu no ano, recuou ontem 2,26%. Na Europa, houve quedas em Londres (-2,34%). Paris (-1,93%) e Frankfurt (-2,30%). A reportagem é destaque do Globo. Na Folha de S. Paulo, novos números da economia dos EUA reforçam o temor de recessão mesmo sem calote.

Crise agora atinge Itália e Espanha
A escalada dos temores de contágio da crise da dívida soberana grega para Itália e Espanha chegou a um novo nível ontem, derrubando fortemente as bolsas europeias. Os líderes da União Europeia finalmente reconheceram que os investidores duvidam da capacidade do euro de superar a crise das dívidas soberanas e o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, pediu novas medidas para acalmar os mercados. Segundo o "Financial Times", os depósitos bancários no Banco Central Europeu (BCE) mais do que duplicaram para seu maior nível nos últimos cinco meses. O BCE disse que os bancos depositaram € 104,9 bilhões na madrugada da terça-feira, o maior montante desde o início de fevereiro e cifra superior aos 49,9 bilhões da sexta-feira. O banco central paga taxas inferiores às do mercado sobre essas operações de curtíssimo prazo, o que leva à conclusão de que os bancos estão retendo recursos em vez de conceder empréstimos entre si. Reportagem do Valor Econômico.

Em Goiás
O jornal Diário da Manhã registra a visita do presidente da Fecomércio-GO, José Evaristo, que ontem comemorou 68 anos. O jornal também publica o artigo intitulado “A complexa questão do aviso prévio”, do presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos, e traz texto de Paulo Afonso Ferreira, 1º diretor-secretário da CNI e diretor-geral do IEL nacional, sobre o lançamento do Fórum da Produção do Centro-Oeste, que conta com o apoio da CNC.

Números da Fecomércio-RJ
Caiu 0,75% em junho o preço da cesta de material elétrico pesquisada por Simerj e Fecomércio-RJ. Foi a 2ª queda seguida. Os itens passaram de R$ 1.667,84 para R$ 1.655,26, informa a coluna Negócios & cia, do Globo. A coluna  registra também que seis em cada dez empresas da Serra que participaram do Festival SESC Rio 2011, em julho, tiveram aumento de receitas. Destes, quase metade faturou de 10% a 15% mais. A Fecomércio-RJ ouviu 200 empresas.

Campanha de Fecomércio-RS vai recolher celulares e baterias
O Sistema Fecomércio-SESC-Senac/RS lançou a Campanha de Recolhimento de Resíduos Eletrônicos e Telefonia Pós-Consumo, que irá tirar do ambiente itens como celulares, baterias, telefones de mesa, cabos, PCs e monitores, entre outros, dando destinação correta a eles. A meta é de que 100 toneladas de resíduos e 20 mil celulares e baterias sejam recolhidos. “Há um ano o sistema vem trabalhando o programa de sustentabilidade, visando a, além da reciclagem, elaborar diferentes atividades junto à comunidade”, disse ao Jornal do Comércio (Porto Alegre) o 1º vice-presidente do Sistema Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. De acordo com o vice-presidente e coordenador do Conselho de Sustentabilidade da Fecomércio-RS, Joarez Venço, o sistema deve compartilhar o conhecimento adquirido no programa sustentável, difundindo-o a todo o setor terciário. O assunto também foi notícia no Zero Hora.

Entrevista com o novo presidente da ACSP
O jornal DCI traz entrevista com o presidente eleito da Associação Comercial de São Paulo e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, empresário Rogério Amato. Segundo Amato, a ACSP vai lançar o gastômetro, para dimensionar as despesas do Estado brasileiro.

Petrobras moderniza sistema para agilizar o cadastramento de fornecedores de bens e serviços
A Petrobras prepara uma série de mudanças em seu cadastro corporativo de fornecedores (CRCC), que serão implantadas até o fim do ano. O objetivo é simplificar e agilizar o processo de cadastramento das empresas, considerado pouco amigável até mesmo dentro da companhia. A primeira grande mudança é a simplificação das exigências para comprovar a tradição no fornecimento do item cadastrado. Em vez de exigir do fornecedor atestados de três clientes que já tenham usado o bem ou serviço cadastrado, será necessário apenas um. E a comprovação poderá ser a nota emitida pelo fornecedor - antes ele tinha de buscar a prova com seu cliente. Outra alteração importante, que já está em vigor desde julho, é o término da exigência da documentação impressa na qualificação legal e econômica. Documentos como certidões negativas municipais e estaduais tinham de ser reconhecidos em cartório e enviados em papel. Agora os documentos digitalizados são aceitos, e todo o cadastramento pode ser feito digitalmente. A Petrobras também está desenvolvendo um novo sistema de cadastramento com interface e processo simplificados, de forma a usar uma linguagem mais acessível ao fornecedor, informa reportagem da revista Brasil Energia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário